quarta-feira, maio 11, 2005

Cara-metade

A maioria das pessoas, durante o seu processo evolutivo, tem tendência para procurar a peça que falta do puzzle, o amor da sua vida, o seu mais que tudo.
Aqui há dias, imbuído de uma fraternidade incrível, escutei os lamentos infinitos de um colega de profissão (também ele se dedica a tornar o mundo um pouco melhor), sobre a queda da sua relação amorosa, o afastamento da sua cara-metade. O rapaz jurava que a sua vida, tal como ele a conhecia tinha acabado. Tudo desmoronou. Passada uma semana a sua cara-metade tinha voltado. O que eu estranhei foi a mudança repentina de nome, de cara, de estrutura corporal, por aí fora, da rapariga em causa. Ora, descobrira outra cara-metade. Quantas metades tem ele na cara?! Pelos meus cálculos (e eu tenho cuidado com isto por causa dos rins) o tipo já deve ter umas dez metades.
Noto que cada vez mais se assiste a casamentos por conveniência, a relações que duram porque são edificadas/sustentadas numa base racional. O mundo não ficará bem melhor assim?
Termino com o pensamento do dia:
“Mais vale uma colher de sopa na mão, do que duas a voar.”