segunda-feira, dezembro 27, 2004

Frustração

As relações de amor são tremendamente complicadas de compreender, principalmente no que diz respeito ao lado feminino.
Quando descobrimos alguém interessante somos capazes das mais fascinantes proezas. Todos os dias pensamos em novas maneiras de deixar essa pessoa completamente pronta para o comeseste. Claro está que essa pessoa tem de pertencer, pelo menos, ao nível comesível, pois algo de um nível inferior será sempre um desperdício de tempo. Salvo uma excepção: treinar a técnica de engate.
Depois de muitas tardes a ver o pôr-do-sol, depois de muitas flores dadas, depois de muitos postais escritos, depois de muitas conversas em que pelo meio ainda temos tempo para contemplar a face da Isabel ( geralmente apenas temos tempo para apreciar os apetrechos ), lá conseguimos o que realmente queremos.
Após esta fase, passamos umas boas semanas em que todos os momentos parecem únicos. Mas as cenas que se seguem não são aconselháveis a pessoas sensíveis. As mulheres tornam-se um autêntico Big Brother, no qual temos de ultrapassar uma grande panóplia de provas para ver a “luz ao fundo do túnel”. Toda a nossa vida fica controlada até que temos a sensatez de tomar medidas drásticas. Temos de parecer sempre esfontados até que ela se canse e nos deixe. E aí podemos dizer: “Flores! Afinal há vida depois da morte!” A nossa vida de solteirão volta ao que era.
Para todos os estimados leitores deixo uns pensamentos finais sobre tudo isto.
Frustração

Porque será que ela tinha de partir?
Custaria assim tanto mantê-la?
(Tive de parar para me rir!)
A frustração em que a deixaram e deixarão
Leva-a a tentar ser um ser superior
Para esconder tanta dor...

Nota ainda mais que final: Para o meu amigo Buck deixo um conselho. Que tal um teste de ADN para verificar quem deixa mais quantidade de pelos no sofá?

Verba volant, scripta manent.
Badoix