quarta-feira, fevereiro 02, 2005

Acabar

Os nossos estimados leitores devem estar surpreendidos pela falta de actualização do blog, mas, embora posso parecer estranho, eu e o Buck temos mais que fazer.
O post que agora vos trago pretende ajudar os homens mais inexperientes nos relacionamentos amorosos. Claro está (e não sendo eu um machista) que as mulheres também poderão utilizar algumas das técnicas que em seguida aconselharei.

As mentes mais sensíveis não deverão prosseguir a leitura. Se quiserem continuar é por vossa inteira responsabilidade.

Há uma semana atrás, imbuído apenas e só por uma questão de solidariedade, aceitei um convite para um café. Não vou citar nomes, mas aquela fulaninha do 4º esq. que tem aquele ar desleixado (eu sei o que ela quer...) decidiu engraçar comigo e após umas dez saídas e entradas fartei-me das tentativas dela em saquear-me a liberdade e decidi acabar tudo. Ora aqui reside o busílis da questão. Como acabar com alguém que não deve ter o cérebro em bom funcionamento e é capaz de se suicidar ou, por outro lado (algo bem pior), arremessar-nos uma cadeira capaz de nos quebrar uma omoplata ou mesmo o osso parietal? Os leitores mais ingénuos poderão pensar que a melhor maneira seria, cautelosamente, em casa, dizer que precisamos do nosso espaço. Nada mais errado. Elas inventam logo um milhão de alternativas e a nossa tentativa sai frustrada e, além disso, podemos sempre levar com uma cadeira em cima. O melhor mesmo será combinar um café num centro comercial, num Domingo à tarde e dizer tudo de rajada. Devem pensar que endoideci mas não. Vejamos as consequências: primeiro, ela fica a saber das nossas exigências; segundo, como estamos num shopping num Domingo à tarde mesmo que ela faça um escândalo ninguém nota, pois a maioria das pessoas que vai a um shopping num Domingo à tarde ou é labock (azeiteiro + parolo, consultar o Novo Dicionário do Português Contemporâneo da Coimbranuncamais Ed para uma melhor definição), ou é um adolescente na puberdade e ambos fazem espectáculos todas as semanas; por fim, se ela nos lançar um qualquer objecto temos muitas testemunhas, o que é bastante agradável para o processo de tentativa de assassinato. Bem vistas as coisas só há vantagens. Já tenho posto esta técnica em prática várias vezes e tem corrido bem. A do 4º andar nem me dirige a palavra.
Com tudo isto fiquei sem tempo para nada. Aliás, nem consigo controlar as minhas acções da fábrica de atum da Costa do Sudão.
Num futuro post darei mais algumas técnicas que vos poderão ser úteis em relacionamentos e não só.

Nota final: se a gaja tiver amigas jeitosas não podemos pôr esta técnica em prática. Temos que aguentar a tipa até que ela se canse de nós. Só assim podemos passar às amigas.

Verba volant, scripta manent.